Editorial
Como professora de literatura, desde que comecei a atuar na UNILAB tenho percebido em cada turma para qual leciono algumas dezenas de escritores(as), sejam eles(as) conscientes de seus talentos, sejam ainda tímidos e em fase de descoberta. Também tive a oportunidade de perceber a vocação literária em meus colegas docentes. São, no campus dos Malês e no entorno, poetas contemporâneos de partes diversas, do Brasil e do mundo, que se encontram agora num só espaço: colombianos, guineenses, cabo-verdianos, angolanos, são-tomeenses, moçambicanos, cubanos; do Brasil, baianos, mineiros, cariocas, paulistas, enfim, de todas as partes.
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Agregar essa interessante e heterogênea produção literária torna-se fundamental para reforçar a missão da UNILAB como agente de troca cultural entre as comunidades dos países de língua portuguesa.
O Baobá, árvore que fascina por ter grande e exótico porte, tem no Brasil estreita relação com a religiosidade de matriz africana, sobretudo porque é nele em que se deposita toda memória do continente. Muitas são as lendas em torno do embondeiro (sinônimo da árvore). Nos países africanos, cada baobá carrega uma história, todas no tempo mítico da terra e da natureza. O embondeiro é símbolo de resistência, porque sempre será dono de uma narrativa que não se apagou mesmo com os descalabros da repressão colonial.
O fanzine O Baobá pretende ser assim, tal qual a árvore: reunir os discursos, resgatar a terra africana, crescer com raízes fortes, produzir ramos e frutos. E se mukua (fruto do embondeiro) desmancha fácil na boca, sei que os textos produzidos nas páginas d’O Baobá serão um doce banquete para os apreciadores da boa literatura!
Professora Josyane Malta Nascimento
(Conselho Editorial)
O Baobá, árvore que fascina por ter grande e exótico porte, tem no Brasil estreita relação com a religiosidade de matriz africana, sobretudo porque é nele em que se deposita toda memória do continente. Muitas são as lendas em torno do embondeiro (sinônimo da árvore). Nos países africanos, cada baobá carrega uma história, todas no tempo mítico da terra e da natureza. O embondeiro é símbolo de resistência, porque sempre será dono de uma narrativa que não se apagou mesmo com os descalabros da repressão colonial.
O fanzine O Baobá pretende ser assim, tal qual a árvore: reunir os discursos, resgatar a terra africana, crescer com raízes fortes, produzir ramos e frutos. E se mukua (fruto do embondeiro) desmancha fácil na boca, sei que os textos produzidos nas páginas d’O Baobá serão um doce banquete para os apreciadores da boa literatura!
Professora Josyane Malta Nascimento
(Conselho Editorial)